quinta-feira, 1 de outubro de 2009

CNI e Senai discutem o Estatuto da Juventude

A Comissão Especial criada para analisar o Projeto de Lei 4529/04, que cria o Estatuto da Juventude, realizou hoje audiência pública para discutir a proposta com a gerente de responsabilidade social da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, Claudia Jeunon, representante da Confederação Nacional da Indústria (CNI), e com o assessor da diretoria geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Alberto Borges de Araújo. O professor Alberto Borges apresentou o trabalho desenvolvido pelo Senai, que tem como missão promover a educação profissional e tecnológica, a inovação e a transferência de tecnologias industriais, contribuindo para elevar a competitividade da indústria brasileira. Nesse sentido, ele ressaltou que o Senai atua de forma sintonizada com as demandas atuais e futuras da indústria, monitorando constantemente o mercado de trabalho e identificando as tendências tecnológicas e organizacionais. Destacou ainda o funcionamento das unidades operacionais, dentre elas as unidades móveis que possibilitam a atuação da entidade em locais precários e de difícil acesso.


 


 

O representante do Senai exibiu nota do Ipea, que reconhece a instituição como o maior e mais consolidado agente privado de formação profissional na América Latina. Claudia Jeunon, representando a CNI, expôs a preocupação do empresariado com a qualificação deficiente dos jovens pelas escolas públicas, o que dificulta o ingresso no mercado de trabalho. Para isso, o Sesi e o Senai desenvolvem um trabalho conjunto para melhoria da educação básica do jovem para possibilitar seu ingresso em um curso técnico. Quanto às pessoas com deficiência, Cláudia apresentou dados de senso realizado pelo Sesi de Santa Catarina, que verificou a real situação desse grupo preferencial. O senso constatou a baixa escolaridade das pessoas com deficiência, inclusive aquém aos números divulgados pelo IBGE. Considerando que os deficientes têm os benefícios de ação continuada, eles não se sentem atraídos a ingressar no mercado de trabalho para receber, na maioria dos casos, a mesma quantia oferecida pelo benefício governamental. Segundo a representante da CNI, o principal desafio hoje é obter o mapeamento correto das pessoas com deficiência, levando em conta o tipo de deficiência e a qualificação.


 

O presidente da Comissão, deputado Lobbe Neto (PSDB/SP), reconheceu o trabalho desenvolvido pelo Sistema S e parabenizou as instituições pelos programas executados. Após questionamentos de consultor da Câmara dos Deputados, o professor Alberto Borges confirmou o número de alunos já qualificados pelo Senai: mais de 2 milhões. Prestou esclarecimentos sobre os tipos de cursos oferecidos pelo Senai, que buscam atender à demanda comprovada da indústria havendo insuficiência de oferta em outras instituições. No que se refere às matrículas gratuitas, o representante do Senai

apresentou os termos do acordo firmado entre Senai, Senac e Ministério da Educação, que obriga a aplicação de 66% dos recursos das instituições em oferta de vagas gratuitas até 2014, beneficiando assim os jovens de baixa renda. Hoje o Senai já aplica 50% de sua receita em cursos gratuitos. (Fonte: Novidades Legislativas da CNI)